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RESUMO
LANE, S.T.M. Histórico e fundamentos da psicologia comunitária no Brasil.

Uma revisão da psicologia comunitária no Brasil, não pode ser feita fora do contexto econômico e político do Brasil e da América Latina. O golpe militar de 1964 tem muito a ver com seu surgimento, fez com que individualmente, os profissionais de psicologia se questionassem sobre a atuação junto a maioria da população, e qual seria seu papel na sua conscientização e organização. Assim vamos encontrar sob o rótulo de psicologia social comunitária uma prática voltada para a prevenção da saúde mental, unindo psicólogos, psiquiatras, e na educação popular com a participação de pedagogos, psicológicos, sociólogos e assistentes sociais.
Este texto aborda dois referenciais, o 1 Encontro Regional de Psicologia na Comunidade, realizado em São Paulo em 1981, com trabalhos realizados na década de 70 e o 2 Encontro Regional, ocorrido em Belo Horizonte em 1988, com relatos referentes a trabalhos da década de 80. Podemos observar nestes dois encontros o contraste entre preocupações com a saúde mental e aqueles com a educação popular, ambos com objetivos diferentes.
O encontro de 1981, à procura de uma compreensão de uma psicologia social comunitária, o projeto de saúde mental comunitária do Jardim Santo Antônio foi apresentado por Helio Figueiredo, como proposta que se origina na Universidade em 77, numa visão do compromisso dela como a sociedade. Com o objetivo de atuar em nível da saúde mental, a equipe detecta como principais problemas da população a questão da perda da identidade cultural, entre outros. Outras pesquisas foram feitas neste período uma delas por Pedro de C. Pontual e Paulo Moldes, realizada pelo Centro de Educação popular do Instituto Sedes Sapientiae – SP, com uma proposta de internação crítica e de prestação de serviços nas áreas de saúde e educação, com duas equipes interdisciplinares, que tinham como princípios básicos, a organização dos trabalhadores por eles mesmos,