2001 Uma Odisseia No Espa O RESENHA 1 PARTE

2001 Uma Odisseia no Espaço RESENHA 1º PARTE

O filme “2001, uma odisseia no espaço” produzido em 1968 por Stanley Kubrick, apresenta como tema a evolução humana, história contada através de belíssimas imagens em qualidade que ainda hoje é capaz de impressionar a muitos. Mas muito além de ser uma obra de arte, a obra de Kubrick mostra a complexidade humana, assim como os mistérios da nossa evolução que tentamos inutilmente desvendar.
A superioridade humana em relação aos outros animais, que tanto afirmamos, é ironicamente questionada em várias cenas do filme, que também faz questão de nos lembrar de nossas tantas necessidades naturais, que se conservam mesmo com o avanço da evolução.
Nas primeiras cenas de 2001 os mistérios começam a ser apresentados. Em nenhum momento, no entanto, são apresentadas explicações ou respostas: a proposta é conduzir o intérprete a mais e mais inúmeras perguntas, e aos mais desordenados pensamentos. O poema sinfônico “assim falou Zaratustra” de Richard Strauss, baseado na obra homônima de Friedrich Nietzsche, abre com grande imponência as primeiras cenas de 2001.
Como Nietzsche afirma em sua obra, o homem está no meio da evolução, que se inicia com os macacos e deve atingir um estágio final, desconhecido. Se ele estiver certo, não existe algo que melhor conte a odisseia humana do que o filme de Kubrick, que se inicia com “nossos ancestrais”, em um cenário desértico e primitivo onde dois grupos lutam por uma “poça de água”. A causa da luta na verdade é a sobrevivência, e esta causa em si auxilia para a descoberta do uso de ossos como “armas” e de uma evolução de sua postura, no entanto a sobrevivência não passa a ser sua única preocupação, com uma “evolução primitiva”, os hominídeos começam a criar gosto pelo “guerrear” e começam a matar por diversão.
Com tudo, mesmo com sua obra e conhecimento, o homem continua a se alimentar, continua a ter necessidades fisiológicas, e etc. Talvez o maior mistério de “2001” seja o monólito que