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2. “O conhecimento do genoma humano parece ter deitado a baixo o paradigma da superioridade humana” O genona humano é toda a informação hereditária que esta codificada no ADN. À medida que vamos conhecendo mais sobre ele mais sabemos quais as informações nele contidas. Ficamos já a saber que no genoma estão, quase unicamente, contidas informações sobre o aspeto da pessoa e não sobre a sua mentalidade e maneira de pensar. Isto deve-se ao facto de o comportamento humano (comandado pela maneira de pensar) ser influenciado, segundo as teorias realistas, por três fatores: Educação (em nada afetado pelo genoma), o meio circundante (também independente) e a hereditariedade. Então só um terço da nossa maneira de pensar é influenciada pelo genoma. Logo, qualquer informação genética sobre a vida de uma pessoa não é, necessariamente, certa, porque se o meio e a educação não forem correspondentes as informações inscritas no ADN não corresponderão ao real. Para explicar o paradigma da superioridade humana é necessário apresentar uma definição de paradigma. Paradigma é um conjunto de teorias que funciona como pano de fundo para a maneira de pensar de uma sociedade durante um determinado período da história, e que influência a criação de todas as teorias que sejam criadas na mesma altura . Os paradigmas devem ser substituidos por outros aquando a ocorrência sistemática de erros culpa do paradigma, e não dos cientistas. O paradigma da superioridade humana defende que o ser humano é superior a todos os outros seres por possuir racionalidade. Aproveita-se dos outros seres vivos e comporta-se como rei da Terra. A ideia de que os seus genes eram “melhores” que os dos outros seres contribui para esta ideia de superioridade. A descoberta do genoma humano , e de outras espécies mostrou-nos que o ser humano não tem características genéticas melhores que as dos outros seres, forçando assim ao destronamento deste paradigma devido à ocorrência de erros sistemáticos nesta área causados