2 A economia Antiga 2015 2
1. Os antigos e a sua economia
Moses I. Finley
Prefácio
• Não é uma história econômica da antiguidade
• “Se o leitor não se deixar convencer de que “economia” e “econômico” são, no seu sentido corrente, termos e conceitos modernos, produtos do capitalismo moderno que não podem ser aplicados de maneira automática a outras formações sociais, então o resto do livro não terá nem ponto de partida nem coerência interna” (5-6);
• A história econômica parte do princípio “de que o homem ‘naturalmente’ regateia, calcula e procura um lucro pela troca” (6).
• Crítica à concepção de que a história do capitalismo está em embrião na história antiga e medieval;
• Nas sociedades não-capitalistas “a economia encontra-se ‘encravada’ nas instituições políticas, sociais e culturais. Um estudo sobre a economia antiga é, portanto, uma “história política” e uma “história social”, não menos que uma “história econômica” (7).
Utilização dos conceitos
• Conceito de classes sociais não dá conta da realidade dos camponeses e artesãos independentes [às vezes proprietários dos meios de produção];
• Modo de produção escravista
• Escravidão não era relevante em todo o mundo antigo, geográfica e temporalmente;
– Mas predominou nos períodos mais importantes de Grécia e Roma;
• Houve escravidão na América, nos séculos XVI-XIX, o que invalidaria o conceito.
1. Os antigos e sua Economia
• Breve Introdução à Filosofia [1742???] de
Francis Hutcheson.
• “Os princípios da Economia e da Política”: casamento, relações pais e filhos (familiares); relações senhores e servos (senhoriais)
• “Elementos da Lei da Natureza”: Propriedade, contratos, valor e moeda, guerra.
Economia na antiguidade
• Oikos = Casa ou unidade doméstica
• Nem- = administrar
• Oikonomikos = Xenofonte IV a. C. = guia para o proprietário rural. O termo economia mantém esse sentido até o século XVIII (20);
• Administração da casa pelo Pater familias:
• potestas: poder sobre os filhos, os filhos dos filhos e os