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ENSAIOS PEDAGÓGICOSConstruindo Escolas Inclusivas
Inclusão: um desafio para os sistemas educacionais María Rosa Blanco Guijarro
POR QUE FALAMOS DE INCLUSÃO EM EDUCAÇÃO?
A América Latina caracteriza-se por ser a região mais desigual do mundo. As sociedades são altamente desintegradas e fragmentadas devido a persistência da pobreza e a grande desigualdade na distribuição de renda, o que gera altos índices de exclusão. Todos os países vêm realizando importantes esforços para obter o acesso universal à Educação Básica e melhorar sua qualidade e eqüidade, porém, ainda persistem importantes desigualdades educacionais, o que significa que a educação não está sendo capaz, em muitos casos, de romper o círculo vicioso da pobreza, nem de ser um instrumento de mobilidade social.
Por outro lado, o maior acesso à educação tem significado uma maior diversidade de alunos na escola, porém, os sistemas educacionais seguem oferecendo respostas homogêneas, que não satisfazem às diferentes necessidades e situações do alunado, o que se reflete em altos índices de reprovação e evasão escolar, que afetam em maior medida às populações que estão em situação de vulnerabilidade. A INTEGRAÇÃO É O MESMO QUE A INCLUSÃO?
A inclusão é um movimento mais amplo e de natureza diferente ao da integração de alunos com deficiência ou de outros alunos com necessidades educacionais especiais. Na integração, o foco de atenção tem sido transformar a educação especial para apoiar a integração de alunos com deficiência na escola comum. Na inclusão, porém, o centro da atenção é transformar a educação comum para eliminar as barreiras que limitam a aprendizagem e participação de numerosos alunos e alunas.
O MOVIMENTO DE INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL
A integração educacional tem constituído-se e constitui-se num movimento fundamental para tornar efetivos os direitos dos meninos e meninas com deficiência, a fim de educarem-se em contexto normalizado que assegure uma melhor integração na sociedade. Em conseqüência, o