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Pesquisa aborda questão étnico-racial em escolas públicas de MaceióTrabalho foi realizado com o objetivo de indicar novos caminhos nas discussões sobre a problemática educação e diversidade étnico-racial
27 de Maio de 2013
Adjane Ramos é uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo sobre a educação étnico-racial em escolas públicas de Maceió
Deriky Pereira – estudante de Jornalismo
A lei que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileiras em escolas públicas ou privadas, do ensino fundamental ao médio, foi aprovada no Brasil em 2003. Para saber como se encontra a atual situação da lei em Maceió, as pesquisadoras Nanci Rebouças, Jéssica Santos e Adjane Ramos, do curso de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas, realizaram um trabalho em algumas escolas da cidade.
Intitulado “A Questão Racial nas Escolas Públicas Estaduais de Maceió: Contando um pouco de história”, o projeto foi realizado em oito escolas do Centro de Pesquisas Aplicadas (Cepa) com base na Lei 10.639/03. “Aplicamos questionários com os estudantes, mas encontramos resistências por parte de alguns coordenadores. Eles diziam que não podiam nos atender em horário de aula, mas depois de muita conversa, conseguimos a permissão de alguns para realização da pesquisa”, relembrou Adjane Ramos.
Os professores, no entanto, logo demonstraram interesse pelo assunto e não hesitaram em passar as informações. Segundo a pesquisadora, uma das dificuldades dos docentes em levar o ensino sobre o que rege a lei em questão para os estudantes é a falta de material didático, aliada à precariedade das condições de ensino. “Os professores disseram que há pouco investimento em material didático e, além disso, revelaram que durante sua graduação, não tiveram preparação para trabalhar a Lei em sala de aula”, complementou Adjane.
A participação de estudantes
As pesquisas foram realizadas com estudantes na faixa etária entre 13 e 26 anos. A maioria, negros, que, segundo demonstrado, não