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1. INTRODUÇÃOA palma forrageira variedade gigante (Opuntia ficus-indica), planta de origem mexicana é, hoje, uma cactácea totalmente incorporada à paisagem do Nordeste semi-árido brasileiro. Introduzida na região em meados do século XIX, para servir de suporte alimentar da cochonilha, a palma expandiu-se e ocupou progressivamente o espaço regional, apesar do completo malogro relacionado à produção de corante (Santos & Gondim, 2004; Lopes, 2001). Há cerca de oito anos a palma forrageira variedade gigante vem sendo comprometida pela cochonilha Dactylopius opuntiae (cochonilha-do-carmim) que tem se tornado uma praga importante em diversos municípios, principalmente nas microrregiões geográficas do Carirí Ocidental, Serra do Teixeira e Piancó (Lopes, 2005). Devido ao seu grande poder de proliferação e disseminação, essa praga pode causar danos severos e irreversíveis, provocando conseqüências sócio-econômicas gravíssimas em comunidades agrícolas onde a atividade leiteira é extremamente dependente do cultivo de palma, como fonte de suplementação alimentar para os rebanhos durante os períodos de estiagem, como é caso do município de Monteiro (Lopes, 2007). É uma praga potencialmente devastadora, somente igualando-se em relação aos danos que causam à palma, ao bicudo-do-algodoeiro, ao gafanhoto-do-nordeste e a mosca branca (Lopes, 2001), proporcionando um desequilíbrio econômico aos criadores, que tem muitas vezes no período de estiagem prolongada a palma, como o único alimento para sua criação (Lopes, 2007). Atualmente, a praga encontra-se disseminada nas Microrregiões do Cariri Ocidental, Serra do Teixeira e Piancó onde foi assinalada em 51 municípios, com aproximadamente 100 mil hectares infestados e irrecuperáveis. Se esse processo de propagação, não for rapidamente controlado, será desastroso para o já precário equilíbrio econômico, ecológico e social do Estado da Paraíba, com efeitos mais graves, permanentes e, talvez,