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Esta abordagem percebe as questões psíquicas do ponto de vista filosófico. Além de encampar temas como memória, intenções, atitudes humanas, mecanismos do conhecimento, e interação entre a mente e o corpo, a filosofia da mente procura compreender os aspectos transcendentes que envolvem a psique, enfoca epistemologicamente a forma como as estruturas mentais realizam seu autoconhecimento e a relação entre as condições mentais e os propósitos que elas simbolizam.
Ela pesquisa igualmente tudo que se refere ao ato de perceber e a outras modalidades de coletas de dados, como os indícios essenciais para o aprendizado da língua e o exame subjetivo da consciência. Esta disciplina igualmente enfoca elementos éticos, tais como a liberdade, quase impossível de ser conquistada se a psique se adequar às leis da Natureza.
A Filosofia da Mente aparece oficialmente em 1949, quando o filósofo britânico Gilbert Ryle lança sua obra The Concept of Mind. A partir de então, esta esfera se desenvolve por meio de uma relação interdisciplinar com outras áreas científicas, como a filosofia da ciência, a filosofia da linguagem e a filosofia da psicologia.
Duas importantes correntes recentes da Ciência contribuem com este campo, a neurociência e a inteligência artificial, a primeira por tentar situar a região do cérebro na qual repousa a consciência, e a outra por tentar produzir máquinas que pensam. Embora estes planos não tenham seguido adiante, foram fundamentais para os avanços da filosofia da mente.
Mas as pesquisas destes filósofos não partem do ponto de vista de que há um espírito, à parte da estrutura orgânica e, particularmente, da cerebral; elas giram sempre em torno de questões vinculadas à