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Os povos germânicos constituem um conjunto de tribos, unidas pela língua e costumes comuns, que no decorrer doséculo V conquistam grande parte da Europa Central.
Grande parte das informações de que dispomos acerca deste povo são de origem romana, pelos Comentários de JúlioCésar e Germânia de Cornélio Tácito. Os povos germânico e romano vão enfrentar-se no século V, resultando desteencontro a mudança da capital do Império Romano de Roma para Constantinopla e a ocupação por parte dos germanosde quase toda a Europa Central, assumindo o poder na parte ocidental do Império Romano.

A Igreja de Roma tem assim ao seu alcance um vastíssimo território, onde as religiões existentes são pagãs, de ideologiapouco profunda e de cultos fracamente arreigados. São religiões politeístas, de povos bárbaros e guerreiros, sem umclero organizado. Se, por um lado, a doutrina de Cristo implica a evangelização e a pregação, por outro, a sobrevivênciae desenvolvimento do Papado tornam vital essa mesma evangelização junto do invasor. A cristianização do Ocidente éassim marcada pelo crescimento do Papado e pelas invasões germânicas. Tudo se conjuga de forma favorável, e ClóvisI, rei dos Francos, torna-se no primeiro rei de tradição germânica a converter-se ao cristianismo.

A influência de Constantinopla sobre o Império Romano no Ocidente vai decaindo até quase não existir, e em 800 écriado um novo império na Europa: o Sacro Império Romano-Germânico, sob o comando de Carlos Magno, rei dos francose senhor da cristandade. Carlos Magno foi no dia de Natal desse ano de 800 coroado imperador em Roma, pelo PapaLeão III, constituindo-se aqui a primeira associação clara entre a Igreja e o Estado, entre a religião e a política, entre opoder espiritual e o poder temporal.

O Papado de Roma vai, ao longo dos tempos, expandindo a sua religião, instituindo uma hierarquia cada vez maisorganizada e complexa, assumindo o controlo da educação, e ganhando ascendente político junto

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