1188 2051 1 SM
30: 345-350, jul./set. 1997
Simpósio: HANSENÍASE
Capítulo IV
TERAPÊUTICA DA HANSENÍASE
LEPROSY THERAPEUTICS
Diltor Vladmir Araújo Opromolla
Diretor da Divisão de Pesquisa e Ensino do Instituto “Lauro de Souza Lima”- Bauru - SP
CORRESPONDÊNCIA: Hospital Lauro de Souza Lima – Caixa Postal 62 – Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros – Km 225/226;
Bauru/SP – CEP: 17001-970 – Tel. 0142-3022-44, Tel./Fax - 0142-3047-47
OPROMOLLA DVA.
Terapêutica da hanseníase. Medicina, Ribeirão Preto, 30: 345-350, jul./set. 1997.
RESUMO: Nesta revisão, são discutidos os efeitos adversos dos quimioterápicos utilizados na terapêutica da hanseníase, a evolução das lesões submetidas ao tratamento específico, os esquemas mono e poliquimioterápicos, as reações imunológicas, provocadas pela terapia e, finalmente, as perspectivas de utilização de novas drogas e de vacinas contra a hanseníase.
UNITERMOS:
Hanseníase. Quimioterapia Combinada. Terapêutica.
1. INTRODUÇÃO
2. EFEITOS ADVERSOS
Durante muitos anos, o único tratamento contra a hanseníase foi o óleo de “chalmoogra”, cuja origem se perde nos domínios da lenda1. Sua ação, contudo, era muito discutível, pois os casos em que aparentava ter alguma atividade eram casos que costumam regredir espontaneamente.
No início da década de quarenta, nos Estados
Unidos, Faget experimentou uma Sulfona, o “Promin”, no tratamento da hanseníase, com bons resultados.
Outras Sulfonas, também ativas, apareceram e todas derivadas de um composto “mãe”, a Diamino-Difenilsulfona2. Contudo, verificou-se, mais tarde, que quem atuava mesmo contra a doença era esse composto
“mãe”, porque todas as drogas que o compunham acabavam se transformando no organismo.
Depois da Sulfona, outros medicamentos foram aparecendo com atividade anti-hansênica, tanto quimioterápicos como antibióticos, mas dentre todos eles, os que são considerados, hoje, como de primeira linha são a Sulfona, a Clofazimina e a Rifampicina.
A Sulfona, ou como é