11 Set

A promoção de uma era de paz baseada em valores como o “trabalho árduo e honestidade”, “lealdade e patriotismo” para atingir o sucesso da América perante a crise mundial e os desafios a enfrentar centraram o discurso de posse de Obama. O Presidente fez uma crítica sóbria aos problemas do seu país – uma “economia que pede acções corajosas e rápidas” (“consequência da ganância e irresponsabilidade de uns”), um sistema de saúde e educação com falhas e um povo que sofre de uma “confiança enfraquecida” – regressando ao passado para falar do futuro, com um apelo à capacidade de trabalho e produtividade como a melhor via para prosperar, e com uma aposta nas energias renováveis, no melhoramento das relações com o exterior, bem como em novas formas de política. No seu discurso, Obama envia mensagem a terroristas e em tom duro denuncia o assassínio de inocentes, ao afirmar que a “nação está em guerra contra uma vasta rede de violência e ódio. Aproveitou para definir o seu ponto de vista sobre o resto do mundo, afirmando que os EUA não podem mais tolerar “a indiferença ao sofrimento fora das suas fronteiras” e recordando a força da “herança da diversidade” do seu país. O poder militar americano foi associado a termos tais como “prudência”, “humildade” e “moderação”; e ao referir o mundo muçulmano Obama fala de “um caminho baseado no interesse e respeito mútuos” e no trabalho incansável para “diminuir a ameaça nuclear”, ficando o seu discurso marcado pelo apelo a uma “nova era de responsabilidade”.
A 10 de Setembro do corrente ano, o jornal Expresso apresentou-nos o artigo Dez anos”, data em que a América e o Mundo recordam as imagens e o terror vivido no atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001. Refere um paralelismo entre os acontecimentos acima datados e o ano actual (com os massacres em Tripoli e outros factos resultantes “do advento da democracia em países que se transformaram em dinastias republicanas” no mundo Árabe). A questão da “América na actualidade”é