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HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2000.Avaliação e construção do conhecimento
Atualmente há muitas discussões em torno da avaliação em busca de uma definição do significado principal da ação na prática educativa. Porém, nota-se que as pesquisas e discussões se detém muito no “não deve ser” ao invés do “ser melhor” da avaliação.
Através disso, é necessária a tomada de consciência dessas influencias para que nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o autoritarismo que contestamos pelo discurso. Temos de desvelar contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo um “ressignificado” para a avaliação e desmitificando-a de fantasmas de um passado. (2000, p. 12)
Nas pesquisas e encontros nas escolas, observando prática de educadores e alunos percebe-se que a realidade dos princípios e metodologias mostram uma avaliação estática de caráter classificatório. Os educadores percebem a necessidade de mudança na avaliação, mas há uma contradição nas práticas escolares reproduzindo conceitos tradicionais.
Os educadores exercem ações diferenciadas em relação a ação de educar e a ação de avaliar, não tendo relação uma com a outra na prática escolar. Muitas vezes, os mesmos agem assim, por “[...] equivoco que se encontra nas exigências burocráticas da escola e do sistema.” (2000, p. 16)
Neste sentido é necessário reflexão a respeito desta compreensão equivocada da avaliação como julgamento de resultados, porque ela veio se transformando numa perigosa prática educativa.
“A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação.” (2000, p.16) A avaliação é a reflexão transformada em ação, essa ação se transforma em uma nova reflexão, resultando em uma reflexão permanente do educador sobre sua realidade.
A avaliação na perspectiva de construção do conhecimento parte de duas