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651 palavras
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Esse filme imagina um futuro próximo onde o boxe não é mais praticado por humanos. Talvez pela reclamação de muita gente que diz que é brutal demais para ser considerado um esporte (mera suposição minha), as lutas agora são travadas entre robôs enormes e cheios de recursos contralados por humanos. Eles também são ricos em cor e design, glamorosos de uma forma futurista e retrô ao mesmo tempo. São robôs capazes de parecer que tem muita história para contar.A história, porém, nada tem de futurista, mas sim lembra alguns filmes do (nosso) passado. Ela lembra muito uma mistura de Rocky com Falcão, o campeão dos campeões (ambos com Sylvester Stallone nos papéis títulos), mas que também não são estranhas a muitos outros filmes. Filmes onde pais que não conhecem seus filhos são obrigados a passar um tempo com eles por algum motivo e acabam criando laços profundos de amizade entre eles.
Não é Stallone que estrela aqui, e sim Hugh Jackman como Charlie Kenton, um boxeador aposentado que agora tenta sobreviver controlando robôs em lutas do circuito alternativo, mas nem para isso seu robô serve, perdendo até mesmo para um touro (não um mecânico). Com isso, ele tenta desesperadamente conseguir robôs melhores enquanto vai se afundando cada vez mais em dívidas com cada vez mais pessoas diferentes.
As lutas são bem coreografadas, fato que já percebemos desde as primeiras cenas do filme. Diferente de Transformers, onde os robôs batem uns nos outros e ninguém sabe o que realmente está acontecendo. De forma inteligente, o filme não segue a linha confusa com cortes rápidos que tentam dissimular a falta de continuidade. Apesar de deixar várias perguntas sem resposta, as lutas pelo menos ocorrem que uma forma possível de acontecer.
Claro que o filme não se trata apenas de lutas de robôs. Seria um filme bem irritante se fosse e até mesmo deixaríamos de nos importar com qualquer coisa. O drama entra na vida de Charlie quando sua ex-mulher morre e ele deve passar um tempo com seu