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A dinâmica socio espacial do estado de GoiásO ESTUDO DAS REDES URBANAS A rede urbana que segundo Eliseu S. Sposito é a materialização na forma mais completa do que seria uma rede geográfica (SPOSITO, 2006:9) e que para Roberto Lobato Corrêa se configura “um reflexo, na realidade dos efeitos acumulados de diferentes agentes sociais, sobretudo as grandes corporações multifuncionais e multilocalizadas que, efetivamente, introduzem, tanto na cidade como no campo atividades que geram diferenciações entre os centros urbanos” (CORRÊA, 2005:27) é objeto de estudo há muito tempo conquistado pelos geógrafos. Segundo Soja (2008:84) a articulação de um aglomerado urbano com outro através de fluxos de trocas de mercadorias coincide com o próprio surgimento e consolidação dos processos de urbanização, pois mesmo as primeiras aglomerações de caráter metropolitano se articulavam com aglomerados menores com produções especializadas. Segundo Roberto Lobato Corrêa (1989:20), uma das maiores autoridades em estudo das redes urbanas no Brasil, os estudos das redes urbanas em suas formas iniciais datam de 1755, sendo que o somente com o estudo mais sistemático de M. Aurosseau, em 1921, a temática começa sua consolidação. Na Geografia, os estudos sobre as redes urbanas estão entre os temas mais clássicos e consolidados dessa ciência que segundo Corrêa (1989:10) tem sido abordada através de trabalhos abordando as divisões funcionais, dimensões de variação, hierarquização e as relações entre cidade e região. Essas vias de estudo, que não são mutuamente excludentes, tem por pressuposto a existência de centros urbanos fixados num território marcado pela economia de mercado e minimamente articulados entre si. O estudo de M. Aurosseau, segundo a periodização dada por Corrêa (2005:17), já propunha a noção de funcionalidade urbana; cidades administrativas, militares,