03 Idade M Dia
Nos dois últimos séculos da dominação romana, o
Império não consegue mais manter a mesma força militar e o elevado grau de coesão política e ordenamento jurídico que no passado fizeram a sua glória. Há uma estagnação econômica. As antigas instituições entram em decadência e um novo conjunto de crenças religiosas emerge, então sob a influência do cristianismo.
Depois de séculos de perseguição implacável, em
313 o imperador Constantino legaliza o culto cristão. Ele próprio veio a aderir à nova religião.
O cristianismo converteu os europeus começando pela periferia do Império e pelas áreas rebeladas dos povos bárbaros. Na medida em que legiões de bárbaros germanos e eslavos invadiam o império, suas crenças cristãs iam se alastrando em direção a Roma. Constantino chegou ao poder com o apoio dos germanos e em contrapartida autorizou suas práticas religiosas cristãs.
A nova sociedade, que começa a se formar a partir de então, é um amálgama de tradições que reúne as antigas instituições romanas, os costumes dos bárbaros, o credo da
Bíblia e aspectos da filosofia grega.
A sociedade germânica organizou-se em vilas rurais constituídas por grupos auto-suficientes de famílias nas quais se pratica entre eles uma certa democracia e observa-se também uma igualdade de riquezas.
Predomina um sentimento de solidariedade, ao mesmo tempo em que a vida econômica é controlada.
Não havia moeda e o comércio apenas era tolerado.
As leis romanas, com base nos direitos individuais de propriedade, dão lugar aos costumes teutônicos que, embora também reconheçam a individualidade do cidadão, conferem precedência aos hábitos da comunidade.
A nítida divisão entre direito público e privado, como nos romanos, não se observa e os direitos absolutos de propriedade são substituídos por uma noção de propriedade relativa e mutável de acordo com interesses comunitários.
Na atividade agrícola, o arado e outros instrumentos pertenciam aos