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851 palavras
4 páginas
FILOSOFIA, ÉTICA E MEIO AMBIENTE –
BERGSON X DESCARTES: A
CRÍTICA AO MODELO MECANICISTA E ANTROPOCENTRISTA DE
COMPREENSÃO DA NATUREZA E A ABERTURA DE NOVAS PERSPECTIVAS
PARA A ÉTICA AMBIENTAL
Tarcísio Jorge Santos Pinto
1
Resumo
:
Pretendemos com esse text o
,
primeiramente
,
delinear o modelo mecanicista de compreensão da natureza , segundo René Descartes (1596
–
1650)
, modelo este que depois foi desenvolvido também por outros filósofos e cien tistas a partir do século XVII
,
reforçando uma concepção que apresenta o homem como o ser mais importante do universo depois de Deus
,
e para quem toda a natureza foi criada . Procuraremos mostrar que tal modelo exerceu grande influência até os nossos dias, servindo muitas vezes de base ideológica, mesmo que inconsciente, para justificar a exploração desmedida e irresponsável da natureza pelo homem. Como exemplo de contraposição a esse mecanicismo cartesiano, apresentaremos a concepção de natureza desenvolvida por Henri Bergson (1859
–
1941), a qual se estrutura propondo uma in te gração maior entre o homem e o seu meio ambiente
,
capaz de nos abrir uma outra perspectiva ética ambiental, não mais excessivamente antropocêntrica.
PALAVRAS CHAVE: Bergson; Descartes; intuição; razão; Ética Ambiental
Philosophy, Ethics and Environment
–
Bergson x Descartes: The criticism to the mechanicist and anthropocentrist model of nature comprehension and the new perspectives to the Environmental Ethics
Abstract:
We intend with this article, firstly, to draw the mechanicist model of nature compre hension, according René Descartes (1596
-
1650), model that after a while was also developed by other philosophers and scientists from the XVII century on, reinforcing a conception that presents the man as the most important been of the universe after God, and for who all the nature was created. We will seek to show that the mentioned model had great