0210269 04 Cap 05
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5Conclusão
Em 1959, ocorreu a Revolução Cubana, que causou não só uma mudança radical em Cuba, mas também transformou as relações de poder no Caribe e em toda a América Latina, trazendo uma alternativa ao controle e ao desenvolvimento do capitalismo norte-americano. As conseqüências dessa revolução foram importantes sobretudo para os Estados Unidos, pois Cuba era o local de
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numerosos e rendosos investimentos, além de um centro turístico para os norteamericanos. A ditadura de Batista representava a segurança desses interesses.
Castro, porém, impôs coordenadas muito diferentes. Embora a princípio tivesse declarado não se tratar de uma revolução comunista, foi paulatinamente se acercando da esfera soviética. Levou a cabo medidas de nacionalização de empresas e de expropriação de bens e de propriedades norte-americanas, além de políticas que favoreciam o campesinato e a classe trabalhadora, como a reforma agrária. Essa guinada não agradou aos Estados Unidos, que, em 1961, reduziram a zero a cota açucareira de Cuba e, em 1962, declararam o bloqueio comercial total à ilha306.
A Espanha reconheceu imediatamente o novo governo em Cuba. Se as relações Espanha/Cuba tinham melhorado com Batista, surpreendentemente com
Castro e o socialismo melhoraram ainda mais. As possíveis causas seriam:
1. O desejo do regime franquista de praticar uma política externa independente em relação ao bloco americano levou a Espanha a manter ligações com um regime que os Estados Unidos estavam enfrentando;
2. O forte antiamericanismo de Franco, a hispanidade e a recuperação da influência perdida no local que antes havia sido uma parte importante do império espanhol;
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FUSTER POLVOREDA, C. El Pragmatismo en Política Exterior: la relación especial entre España y Cuba. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – Universidade
Autônoma de Barcelona, 1995. p.33.
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3. A possibilidade de competir economicamente com os Estados Unidos era