021 Psicologia
Polêmico, boêmio e conquistador. Marcus Vinicius de Moraes, o "Poetinha", nascia há 100 anos em 19 de outubro de 1913. Nativo do Rio de Janeiro, um dos maiores letristas do País fez da capital fluminense um cenário frequente de músicas que definiram a bossa nova e apontaram um caminho para a MPB.
Observador, Vinicius soube contemplar como poucos o charme da cidade e das mulheres que por ele passaram, vistas com muito lirismo. Amores, encontros e desencontros foram retratados em seus poemas e músicas em parcerias com medalhões como Tom Jobim, Edu Lobo e Baden Powell.
A poesia de Vinicius representa as raízes da bossa nova, movimento musical que efervesceu no Rio, no final dos anos 1950, e se destacou pela mistura de jazz com samba. O poeta ainda contribuiu para o desenrolar da MPB, que teve início a partir de 1966, sendo considerada como uma segunda geração da bossa nova.
Vinícius de Moraes trabalhou como diplomata, escritor e jornalista, mas seu grande reconhecimento veio de sua criação artística como poeta e compositor.
Em 1946, Vinicius foi para Los Angeles, nos Estados Unidos, trabalhar como vice-cônsul, onde ficou por cinco anos. Nesse período, publicou uma edição de luxo de seus poemas, com ilustrações de Carlos Leão. O poetinha viveu, então, um período de idas e vindas diplomáticas, até que, em 1969, foi exonerado do Itamaraty. A razão para sua saída, especula-se, seria por causa do comportamento boêmio do poeta-diplomata.