011122332411474777

595 palavras 3 páginas
Resenha de Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem de Oracy Nogueira
Por Vinicius Becker de Souza
Este texto expõe a inovação proposta por Nogueira a teoria das relações raciais no Brasil. Até então, o discurso hegemônico em nosso país era de que não havia preconceito de cor, muito pelo contrário, a sociedade brasileira buscava a integração do e a defesa das minorias negra e indígena. O argumento de nosso autor começa diferenciando a colonização europeia no Brasil e nos Estados
Unidos. Pois foi a expansão da civilização europeia que gerou os problemas mais sérios de relações inter-raciais – que se dão, de uma maneira genérica, entre brancos e não-brancos.
O regime de plantation aplicado a produção agrícola na América foi responsável por hierarquizar as relações sociais entre senhores e escravos, traçando uma linha de cor que proporcionou o surgimento de sociedades multirraciais. A concentração fundiária em poucas mãos foi elemento fundamental para caracterizar nossa sociedade tal como a vemos hoje. E os estereótipos que os brancos europeus tinham dos não-brancos se cristalizou na cultura nacional. È a partir deste pano de fundo que o autor irá diferenciar os dois tipos de preconceito, sendo que ambos são igualmente prejudiciais ao negro, afetando sua mobilidade social e dificultando a integração.
O autor contesta a opinião generalizada em seu tempo de que não havia preconceito de cor no
Brasil. Para isso, Nogueira constrói dois tipos ideais de preconceito, baseado em dois exemplos de situações de interação racial: o preconceito de marca (associado ao Brasil) e o preconceito de origem (associado aos Estados Unidos). Sendo tipos ideais na concepção weberiana, são casos extremos, dos quais a realidade se aproxima mais a um ou a outro polo.
Onde existe o preconceito de marca, há uma preterição do indivíduo de cor negra, que sempre se vê em desvantagem quando existe um branco nas mesmas condições. É uma forma de discriminar a

Relacionados