CardioVascular

não respeita fronteiras». Esta declaração feita em 2009 no website da OMS11 não difere em muito do aviso lançado em 1969 pelo seu Conselho Executivo: «A maior epidemia da humanidade: a DC atingiu enormes proporções atingindo cada vez mais indivíduos mais jovens. Nos anos vindouros resultará na maior epidemia que a humanidade já conheceu se não formos capazes de inverter a tendência, concentrando a pesquisa nas suas causas e prevenção.»12 A segunda DCV major – o acidente vascular cerebral (AVC) – constitui outra causa importante de morte e incapacidade. Por estas razões, as recomendações do quinto GTC referem-se à carga total da DCV aterosclerótica. A escolha da carga global da DCV aterosclerótica pode dar a impressão de que nada mudou nos últimos 40 anos, mas isto não é verdade. Pelo contrário, a epidemia foi e ainda é extremamente dinâmica e é influenciada tanto pelas alterações nos factores de risco cardiovasculares como pelo aumento de oportunidades para intervenções dirigidas para a prevenção e tratamento da DCV. Tudo isto resulta em altos e baixos na morbilidade e mortalidade cardiovascular em períodos de tempo relativamente curtos com ampla variabilidade por todo o mundo, incluindo os países em vias de desenvolvimento, onde ocorre nos dias de hoje a maior proporção de todos os eventos. A dinâmica da epidemia tem um padrão, magnitude e timing muito variáveis, em diferentes partes do mundo.13 Na Europa, o peso mantém-se elevado: a DCV continua a ser uma das causas…