“A Crise da Dívida Soberana na Zona Euro: Perspetivas para a Moeda Única”
Licenciatura em Economia
Seminário de Economia europeia
2011/2012
“A Crise da Dívida Soberana na Zona Euro:
Perspetivas para a Moeda Única”
Índice
Introdução
A competição entre os “gigantes” europeus, ao longo da história, levou a que houvesse sempre um clima hostil entre as potências europeias, e foi precisamente esta fricção que levou à existência das duas Grandes Guerras. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a necessidade de cooperação e controlo de uma eventual corrida ao fabrico de material bélico, construindo-se a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), pelo êxito da CECA foi criada pelo Tratado de Roma a Comunidade Económica Europeia (CEE) estando esta alargada a outros sectores económicos. Trataram-se dos primeiros passos da integração europeia, processo que foi evoluindo ao longo das décadas, e teve como grande etapa a criação da moeda única, o Euro. Atualmente, a crise da dívida soberana que começou na Grécia e se contagiou a outros países, faz refletir sobre o modo como está estruturado o sistema que suporta o Euro e coloca dúvidas sobre a sua sobrevivência.
Começaremos este trabalho com uma revisão das principais causas que levaram à crise da dívida soberana, atentaremos nas respostas dadas pelas instituições europeias e individualmente pelos Estados Membros (EM), e terminaremos abordando os eventuais cenários que o futuro reservará para a moeda única, bem como as principais medidas apontadas por alguns autores para que o Euro não seja um fracasso.
Na abordagem destas questões a fronteira entre economia positiva e normativa é pouco nítida, começando logo pelo facto de a Europa preencher os requisitos em termos económicos necessários para o estabelecimento da moeda. Por outro lado, este é um tema que facilmente entra em desatualização, dado que ainda não está resolvido e soluções ainda estão a ser tomadas, e este facto deve ser tido