“UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A HISTERIA DE ANGÚSTIA”
Segundo Laplanche e Pontalis (2008), a Hsteria de Angústia é um “termo introduzido por Freud para isolar uma neurose cujo sintoma central é a fobia, e para sublinhar a sua semelhança estrutural com a histeria de conversão”. Para Valls (1995), na Histeria de Angústia, a angústia está ligada a uma representação, é uma angústia diante de algo. Para entender a dinâmica da Histeria de Angústia é preciso pensar para além de seu conceito; é necessário se fazer um estudo histórico e teórico desde o medo que se torna uma fobia, passando pelo estudo da histeria, pelas psiconeuroses, pelo conceito de castração e pela Teoria da Angústia, caminho que este pequeno trabalho pretende percorrer, em termos gerais. Medo é um sentimento natural experimentado pelas pessoas, sendo ele um temor ante a um perigo real ou imaginário. Ele se torna uma fobia quando é sentido de forma exacerbada ou injustificada em relação ao objeto. Fobia é um termo de origem grega derivada de Phobos, Deus do Terror. Phobos é irmão gêmeo de Deimos, Deus do medo. Seus pais, Ares, Deus da Guerra, que personificava o terror imposto pelas carnificinas nas batalhas e Afrodite, a Deusa do Amor. O medo dos combates levava os gregos a divinizarem o deus Phobos antes de partirem para as batalhas. Este medo advinha de um perigo real, o medo da guerra, e podia ser associado às neuroses de guerra surgidas no Século XX. As “doenças do medo” eram tratadas com poções mágicas, ervas e rituais e as que tinham origem não justificáveis ou não identificáveis eram consideradas como moléstias causadas pelo terror, sendo relacionadas a um medo interno ou externo, a uma manifestação diabólica ou divina (MOHR ET AL, 2005). As autoras acrescentam que ao final do Século XIX, o termo fobia foi retirado de associações com um terror místico-religioso, transportando-se para o universo psiquiátrico (p. 184). O termo fobia foi empregado pela primeira vez na psiquiatria por volta