“Os Viajantes e a Biogeografia”, Nelson Papavero e Dante Martins Teixeira
Uma das teorias citadas pelos autores é a do Criacionismo, que consiste na existência de um único centro de origem e que, a partir desse centro os animais se dispersariam pelo mundo. Outra teoria é a do Traducianismo, que segue a mesma linha de raciocínio do Criacionismo se contrapondo apenas na afirmação de que há mais de um centro de origem e dispersão. Ambas definem o jardim do Éden como centro primordial de origem e dispersão e Deus como único criador, sendo que, para o Traducionismo havia centros de origem secundários (Ararat e Babel).
Nelson e Dante relatam que com o passar dos tempos essas teoria de criação deixavam falhas e dúvidas. Uma delas é como ocorreu o povoamento das ilhas oceânicas e outros continentes distantes do velho mundo, já que existem animais incapazes de voar e nadar. Colocam santo Agostinho como pioneiro na resposta desta questão, que justificava os povoamentos através da interferência humana ou da transferência realizada por anjos com a permissão de Deus.
Outra crença citada em Os Viajantes e a Biogeografia é a Lei das Antípodas, onde tinha também como principal teórico santo Agostinho. Essa lei consistia na divisão da Terra por uma faixa tórrida em hemisférios Sul e Norte (onde estaria o centro de dispersão de todas as espécies).
Os autores definem alguns fatores como principais questionamentos de tais teorias e a busca por explicações mais naturais e racionais. Dois desses fatores são o Périplo Africano e a descoberta do Brasil, onde ocorrera a descoberta de diversas espécies de animais e