“Noivo neurótico, noiva nervosa”: O que precisamos para viver bem?
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Departamento de Psicologia
“Noivo neurótico, noiva nervosa”: O que precisamos para viver bem?
Disciplina: Terapia Familiar e de casal
Docente: Profa. Dra. Carla Guanaes
Discente: Lívia Macedo
Novembro, 2012
Ribeirão Preto
Ao ver Annie de novo, me recordei da velha piada...
Uma cara vai ao psiquiatra e diz: "Doutor, meu irmão é louco. Ele acha que é um frangalho."
O doutor diz: " Por que não o convence?"
O cara diz: "É, mas eu preciso dos ovos."
Bem, acho que é o que acho dos relacionamentos de hoje. São totalmente irracionais, loucos e absurdos.
Mas continuamos neles... porque a maioria de nós precisamos de ovos.
Introdução O construcionismo social reconhece a significância da verdade em contexto. Através de uma perspectiva pós moderna, ele evidencia o caráter relacional e histórico da resignificaçao e construçao da realidade e o papel perfomático neste processo. Ele teve grande contribuição de Burr (1995) e Gergen (1999), segundo Rasera & Japur (2007), no sentido da forma como estes articularam quatro ideias centrais que poderiam definir esta linha teórica: “a ênfase na especificidade cultural e histórica das formas de conhecermos o mundo; o reconhecimento da primazia dos relacionamentos na produção e sustentação do conhecimento e ação; e a valorização de uma postura crítica e reflexiva” (p. 49). Segundo Gergen, a conscientizaçao da construção é mais valiosa enquanto postura que convida à suspensão da realidade nos momentos em que esta, tomada como inquestionável ou essencializada, prove ser dolorosa ou problemática (p.37). Isto é, se o problema de uma pessoa parece ser insolucionável, então a desconstruçao do significado pode ser um precursor indispensável da reconstrução. Para Grandesco (2009), a prática psicoterápica exige que haja sempre um processo