É sustentável o atual modelo de comunicação em sustentabilidade?
Para começarmos a entender o papel da comunicação em sustentabilidade, é necessário conceituar o primeiro, segundo e terceiro setor. O primeiro é o Estado, ou seja, os governos federais, estaduais e municipais e os órgãos ligados a eles. O Estado emprega seu dinheiro para o benefício da sociedade. O segundo setor é o mercado, as empresas e instituições privadas. A principal característica deste setor é investir seu dinheiro em fins particulares, lucrativos. Já o terceiro setor é composto por entidades, instituições e organizações que têm o objetivo de beneficiar a população preenchendo as lacunas deixadas pelo Estado e também pelas Empresas. O terceiro setor destina dinheiro privado para fins públicos, podendo receber verbas do governo, ou seja, dinheiro público para benesses sociais.
O terceiro setor surge com a mudança de papel do Estado que passa a investir menos na sociedade, deixando em segundo plano seus problemas e necessidades e começa e a dar mais atenção aos interesses das empresas privadas. Neste momento, os problemas sociais passam a ter cada vez mais destaque e a necessitar de subsídios. Por sua vez, a instituições privadas começam a contribuir para o bem-estar social, passam a dar os primeiros passos em direção à responsabilidade social corporativa.
Apesar de, já no início do século XIX, haver os primeiros indicativos de responsabilidade social, como, por exemplo, em 1919, o caso Dodge versus Ford; foi ao final da segunda guerra mundial que a filantropia empresarial passa a ser mais aceita, pois, assim como toda guerra, esta deixou diversos danos sociais, o que acentuou ainda mais a necessidade de ações sociais.
Neste período, não só as Organizações Não Governamentais passam a ter mais força, como as empresas privadas passam a tratar a filantropia como ação legítima. Em 1953, a Smith Manufacturing Company ganha na justiça o direito de realizar uma doação à Universidade de