É SAGRADO VIVER?

DAVI DA SILVA BAHIENSE

É SAGRADO VIVER?
Resenha crítica sobre o livro “É sagrado viver”, de Fábio de Melo.

TÍTULO
“Para pessoas modernas como nós, é difícil imaginar o mundo antes das máquinas de impressão. [...] Entretanto, o NT não só foi escrito antes dessas invenções, como o foi numa época em que a alfabetização ainda era restrita a uma parcela muito pequena da população.” WITHERINGTON III (2005, p. 15). Assim começa o rico texto objeto de estudo neste artigo. Ele fala, em seus dois primeiros capítulos, sobre: “As ferramentas e o texto” e “Pedagogia e Paixão: ditos de Jesus e história da paixão”. Esses assuntos são relevantes enquanto contextualização do cenário neotestamentário e em torno dele.
Em seu primeiro capítulo, Witherington III inicia tratando do quadro da escrita nos tempos bíblicos e conseguintes. É necessário notar que naquela época havia uma cultura oral muito forte, isto é, a escrita ainda não era o meio mais utilizado de guardar as informações históricas evidenciadas. Portanto, os textos escritos eras corriqueiramente expostos infielmente e, além disso, eram lidos em voz alta. Portanto, os escritores passaram a escrever não só para que seu texto fosse lido, mas pensando na exposição oral do mesmo.
Levar tudo isso em conta é precioso para manter o entendimento da formação da bíblia e da história do povo cristão. Então, no livro, o autor expõe um pouco do que sabe mediante ao “plano de fundo” apresentado.
Em primeira análise, é evidente o grego como língua predominante no NT graças ao império Greco-romano vigente na época. É evidente, também, o entendimento de que, apesar de alguns estudiosos afirmarem com segurança, os “autores intelectuais” dos 27 livros não são, em todos os casos, os seus escritores. Um exemplo claro disso é o livro de Romanos, onde Paulo é autor, mas Tércio é o escritor.
Alguns dos textos sagrados, apartir dessa ótica, foram redigidos por escribas, mas outros há certa lógica na afirmação do autor, como o