É isso aí
O filósofo alemão Friderich Nietzsche definiu o homem como um animal artístico, em contraponto ao animal político de Aristóteles, e afirmou que ‘’A vida necessita de ilusões, isto é, de não-verdades tidas por verdadeiras [...] então, para viver, necessitamos de arte a todo o momento’’. Nesse sentido, o filósofo encarava a arte como algo indispensável para a vida, e vai além afirmando que necessitamos de arte a todo o momento, ou seja, consumimos, apreciamos e produzimos arte diariamente. Tal reflexão se evidência no fato de que a grande maioria dos jovens carrega consigo o seu reprodutor portátil de música e não é nada incomum encontrá-los ouvindo-o no intervalo de suas atividades.
(Há também um poeta americano que coloca a arte um andar acima no pódio, comparando-a qualitativamente com a vida, falo de Charles Bukowski e sua notável frase: ‘’A diferença entre a arte e a vida é que a arte é mais suportável’’ )
No entanto a arte não é somente uma fuga para da nossa rotina, desde as primeiras civilizações, mas principalmente agora, a arte é amplamente usada como mecanismo de comunicação, de propaganda, de persuasão por um incontável número de entidades. Não é preciso pensar muito para exemplificar: ligamos a televisão e vemos uma belíssima propaganda da coca-cola, saímos de casa e observamos uma profusão de outdoors repletos de logomarcas, somos afogados de cartazes em épocas eletivas; todas essas figuras foram pensadas artisticamente por alguém, afinal possuem um caráter estético deliberadamente persuasivo, e, desta forma, são arte.
Portanto, não há como negar que a arte assume papel inexorável em nossas vidas, tanto como fuga ou comunicação e, sendo assim, vivemos cercados, voluntariamente ou não,