Índios e jesuítas no tempo das missões - cap. 4 e 5
Os capítulos IV (Os novos feiticeiros – Pág. 111) e V (Rumo à salvação - Pág. 153) basicamente falam sobre os missionários e suas relações com os indígenas.
Se requer, no isolamento, manter contato com Deus, se proteger das “depravações dos selvagens” e fazer preces e meditações constantes para não esquecer o objetivo deles ali.
“O missionário, portanto, irá se perguntar: ‘Primeiro: quem me envia? Nosso Senhor Jesus Cristo [...]. Segundo: quem é o enviado? Eu, tão indigno, carregado de tantos pecados, etc. Terceiro: por que Ele me enviou? Para o ofício mais nobre, etc. A quem? A homens transtornados e dilacerados, etc.”
“[...] a castidade e as mortificações dos jesuítas são, em todo caso, bem próprias para atrair-lhes a consideração dos pagãos. De fato, muitas vezes estes nelas reconhecem as práticas habituais de seus xamãs, embora os últimos não as considerem uma garantia de vida eterna.”
No caminho da evangelização dos indígenas, os missionários se deparam com as dificuldades da língua e de transmitir a palavra de Deus. Muito se dependia da própria vontade dos índios, e isso gerava complicações.
As regras cristãs entram conflito com os costumes indígenas tradicionais e naturais para eles, como: Poligamia, Antropofagia, Festas, Rituais, Família, Crença da Morte e alma.
Os métodos de evangelização tem muita vezes que se inclinar a tradição, uma adaptação forçada surge.
Velhos e jovens são os que mais recusam a religião nova; portanto os missionários se voltam para as crianças.
“Os missionários podem gozar de um grande prestígio, ser até objeto de uma atração quase mística, como às vezes acontece entre os guaranis, mas seu Deus deixa-os indiferentes.
Por meio do canto e da dança as crianças viram propagandistas da fé.
Porém, os missionários passaram por uma serie se provações: Lutas e rivalidades de clãs dentro da redução, a rivalidade dos padres e dos xamãs, saques, epidemias, divergências, fome, escravismo,