Índios caiçaras
O termo tem origem tupi e inicialmente designava os indivíduos que viviam da pesca de subsistência nas zonas litorâneas. As comunidades caiçaras nasceram a partir do século XVI com a mistura de portugueses com grupos indígenas das regiões litorâneas e mais para a frente, com africanos. Hoje o termo abrange toda uma cultura.
O povo Caiçara tem grande respeito pelo meio ambiente e vive principalmente do comércio de pesca, artesanato e turismo. Eles também cultivam os próprios mantimentos, como feijão, grãos e mandioca, além de frutas e palmito.
Os trabalhos artesanais vendidos servem como uma ajuda financeira. Eles produzem cestas e balaios, luminárias, bolsas e tapetes trançados com fibras naturais, cortinas, bonecas, chapéus, remos, redes, miniaturas de canoas e diversos outros objetos.
As danças típicas, como o fandango, são realizadas em bailes populares, comemorações e festas religiosas, e são em duplas ou em roda, acompanhando o som de violas, sanfonas, cavaquinhos e rabecas.
Uma característica interessante é o sotaque carregado dos Caiçaras, com expressões do português arcaico, ditados populares e jargões. Entre outras formas de cultura, estão os pasquins, uma espécie de literatura de cordel que mostra a vida nas comunidades.
As comunidades Caiçaras mantêm as tradições dos antepassados que refletem na arquitetura, com casas de pau-a-pique e sem energia elétrica e telefone, no artesanato, nas embarcações de pesca, nas festas populares e nas manifestações folclóricas.
A abertura da rodovia BR-101 trouxe o turismo e a especulação imobiliária, tirando os caiçaras de suas tradicionais vilas em belas praias, concentrando-os em terras novas de Paraty como os bairros Ilha das Cobras e Mangueira, próximos ao centro histórico mas longe do mar. Alguns, mesmo na cidade, mantiveram sua cultura de construção naval (escunas, baleeiras e canoas) montando pequenos estaleiros na margem do rio Mateus Nunes. Outros montaram novas vilas caiçaras, em locais na