Índice de Acidez
ÓLEOS E GORDURAS RESIDUAIS PARA
P
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Angélica Gonçalves1*, Jimmy Soares1, Alex N. Brasil2, Diego L. Nunes1
1 – ENERBIO, Pesquisas em Energias Renováveis da Faculdade de Engenharia da UIT, Itaúna / MG
2 – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da UFMG, Belo Horizonte / MG
*angelica@enerbio.ind.br
Palavras Chave: resíduos gordurosos, biodiesel, índice de acidez
Introdução
As crises do petróleo que se estalaram nas ultimas décadas, concomitantemente ao aumento do consumo de combustíveis e a preocupação com o meio ambiente geraram uma crescente preocupação em se obter novas fontes de energia e matéria-prima para suprir as necessidades energéticas. A produção de biodiesel a partir de óleos residuais atende tais quesitos por apresentarem grande potencial para produção de energia. Mas existe real necessidade de se conhecer o estado de degradação da matéria prima para sua aplicação no processo produtivo.
A reação de transesterificação alcalina homogênea é o principal método de produção de biodiesel em escala industrial (SUAREZ, 2004). Tal sistema reacional requer o fornecimento de matéria-prima de elevada qualidade com características como ausência de água, fosfolipídios e baixo teor de ácidos graxos livres (AGL), para se obter um biodiesel dentro das especificações regidas pela ANP
(SOARES, 2009). Os AGL e fosfolipídios reagem rapidamente com catalisadores básicos podendo ocasionar a formação de emulsões e sabões e desativação de parte do catalisador, reduzindo a eficiência do processo de transesterificação. Óleos residuais geralmente provém de frituras, processo que resulta em transformações indesejáveis ao óleo.
Na temperatura de fritura (170 a 180°C) há reações com o ar, água e componentes dos alimentos, gerando compostos polares em óleos utilizados por longos períodos
(DAMY & JORGE, 2000).
A deterioração dos óleos e gorduras é muito influenciada pela natureza do