Ético medieval
Para os gregos a ação ética deve ser autônoma, porque a motivação deve estar no próprio agente, porque é uma ação que deve ser benéfica ao agente. A ação ética não pode ter sua fora do agente, porque não podemos chamar de ética a ação que não queremos realizar.
A Ética Medieval apresenta-se alicerçada totalmente nos princípios cristãos, impõe a sociedade um dogma, no qual seus princípios supremos morais que, por virem de Deus, tem para si um caráter imperativo absoluto e incondicionado. Tentando regular o comportamento dos homens dentro desta sociedade.
O Cristianismo se transforma na religião oficial de Roma (século IV) e impõe seu domínio por dez séculos. Rui o mundo antigo. A escravidão cede seu lugar ao regime de servidão, e, sobre a base deste, organiza-se a sociedade medieval como um sistema de dependências e de vassalagens (aspecto estratificado e hierárquico). Sociedade fragmentada econômica e politicamente, devido à existência de muitos feudos. A religião garante certa unidade social, porque a política está na dependência dela, e a Igreja exerce um poder espiritual e monopoliza a vida intelectual. A moral concreta, efetiva, e a ética – como doutrina moral – estão impregnadas de um conteúdo religioso.
A Ética Cristã parte de um conjunto de verdades a respeito de Deus, das relações do homem com o seu criador, e do modo de vida prático que o homem deve seguir para obter a salvação no outro mundo.
A Ética Cristã tende a regular o comportamento dos homens com vistos a outro mundo (Deus). A vida moral alcança sua plena realização somente quando o homem se eleva a esta ordem sobrenatural. Os mandamentos supremos regulam o comportamento, e deles derivam todas as regras de conduta. Procedem de Deus e apontam para Deus como fim último. Oferece aos homens princípios morais, que, por virem de Deus, têm caráter imperativo e incondicionado. A Ética Medieval foi só mais um dos incontáveis instrumentos utilizados pelos governantes,