Ética
Luiz Marins baseou-se na pesquisa realizada pela Interscience, em março de 2003. Onde mostra os valores dos brasileiros. Nota-se que os valores revelados pela pesquisa não condizem com a realidade. A explicação é simples e ao mesmo tempo complexa, pois envolve toda cultura brasileira. As civilizações letradas pela imprensa de Gutenberg criaram o individualismo como valor. Sendo que nas sociedades visuais, o indivíduo tem força diante do grupo, e nas sociedades orais e auditivas a força sobre o indivíduo é muito forte, sendo insuperável. Ou seja, sem o grupo o indivíduo é socialmente inexistente nas sociedades orais.
Luis alega que a força do grupo é maior, e sufoca os valores individuais no Brasil, pois temos dificuldades em repassar comportamentos individuais ‘’certos’’. Somos acusados o tempo todo pelo grupo. Portanto, os valores individuais pesquisados são os mesmos revelados pela pesquisa.
Com o tal ‘’impedimento’’ de manifestar seus valores individuais, o brasileiro é gentil com o erro, para não ofender o grupo, onde distorce nossos comportamentos contrários em relação a nossos valores individuais.
A sensação de certeza da impunidade pela força de grupos é muito grande a ponto de nos sentirmos impotentes e desmotivados para fazer o que é certo.
Para mudar essa realidade, ter o direito de manifestar e de viver os nossos valores individuais no Brasil, temos que fazer uma revolução, difícil, porém necessária.
Mas é possível obter esses valores, um exemplo é o de Metrô em São Paulo, que há 30 anos é mantido pela mesma população que destrói os orelhões, quebra os bancos das praças, isso porque o Metrô conseguiu criar um ambiente onde o cuidado com “lugar limpo e bem cuidado” pôde ser aceito todos os dias.
A sugestão de Luis é criar nas famílias, escolas, empresas, a manifestação dos valores individuais.
Opinião:
Vale a pena ser honesto no Brasil?