Ética
V A Ética e a Gestão
Contributos das Teorias de Gestão: Teoria das Relações Humanas; Teoria Estruturalista; Abordagem Sistémica; Teoria Comportamental; Desenvolvimento Organizacional Novas Perspectivas sobre a Gestão: Gestão por Valores (Management by Values); Gestão Crítica (Critical Management Studies) Áreas Conexas à Ética Empresarial: Âmbito Normativo; Âmbito Orgânico; Âmbito Institucional Instrumentos de Institucionalização da Ética Empresarial: Âmbito Normativo; Âmbito Orgânico; Âmbito Institucional; Considerações finais sobre a institucionalização da Ética Empresarial em relação à Ética do Discurso no sentido da pragmática transcendental Sumário
A relação entre a ética, a economia e a técnica, e a necessidade de a economia recuperar a sua ligação original à ética, tem ocupado o essencial da nossa reflexão. No entanto, no último capítulo uma outra questão emergiu – uma questão que fica dormente a partir do momento em que encaramos a ética enquanto um saber prático que visa orientar a acção (ou seja, desde o seu momento inicial). Ao enunciarmos a existência de três níveis de ponderação do agir da empresa do ponto de vista ético colocamos a problemática de saber como intervir em cada uma dessas áreas. Dos três desafios, o organizacional é de longe o mais importante – não só porque é o que de forma directa coloca a empresa (o conceito de empresa, a forma de ser empresa, a forma, enfim, de agir enquanto empresa) em questão, como também porque desse questionamento as respostas aos outros desafios fluirão de forma natural – uma vez definido o agir próprio de cada organização, ela mesma e os seus membros adquirirão a forma de responder aos desafios que lhes forem colocados. É aqui que o problema emerge: não corremos o risco de, como Jesús Conill refere, ao invés de religar a economia à ética, fazer a ética desaparecer sob a economia e a gestão? Será a ética uma técnica ou pelo menos transformável numa técnica? Não se pretende