ética
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Prof. Dr. José Francisco de Assis Dias www.profdias.com.br 1
A ÉTICA ANTIGA
1. Premissa:
Dentro do complexo conjunto de fatores que concorreram para que esse tipo de resposta, fadado a marcar de modo aparentemente definitivo a civilização do Ocidente, fosse oferecido ao desafio de encontrar uma nova fundamentação ao ethos em crise, assumem importância decisiva certas características originais do próprio ethos arcaico grego e do saber como que era transmitido.
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A ÉTICA ANTIGA
2. A Religião Grega:
Não obstante a intensidade do sentimento religioso dos gregos e da onipresença dos deuses e do divino envolvendo todos os aspectos da vida dos indivíduos e das cidades, a religião grega não se apresentava formalmente como promulgadora de leis e mandamentos morais, não se constituindo portanto como fonte primeira e instância última reguladora do ethos.
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A ÉTICA ANTIGA
2. A Religião Grega:
As origens da Ética como ciência do ethos estão, pois, ligadas a esse relativo espaço de independência ou de autarqueia dentro do qual o homem grego, desde sua primeira aparição nos poemas homéricos, se vê confrontado ao mesmo tempo com os deuses e seus desígnios, personificados no Destino – moira – inviolável, com o cego acontecer do curso da Natureza – physis – que o ameaça com a imprevisibilidade do acaso – tyche – com a própria fragilidade de seus propósitos submetidos à inconstância dos desejos e das paixões e, finalmente, com os costumes e as leis – nomoi – da comunidade que envolvem totalmente sua
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vida do nascimento à morte.
A ÉTICA ANTIGA
3. Primeiro preceito do saber ético:
Podemos assim compreender o significado de um dos primeiros preceitos do saber ético dos gregos, expresso no conhece-te a ti mesmo – gnothi sauton – com que
Apolo recebia os devotos no portal do seu templo em Delfos e que lhes recordava a distância que separa os