ética

2684 palavras 11 páginas
Introdução:
A SEMENTE, A FLOR E O FRUTO DA SABEDORIA
O ser humano busca a felicidade, desde que surgiu no mundo e se reconheceu capaz de produzir cultura e transformar o ambiente em que vive. Essa busca faz parte das energias fundamentais que movem o espírito humano. Aristóteles já sabia disso, há mais de dois milênios.
Mesmo na obscuridade das antigas cavernas, subjugado aos penosos afazeres de caçar seu alimento e coletar frutas e folhas da natureza, nossos ancestrais marcavam a sua diferença atávica dos outros animais por um atributo muito simples, muito singelo, mas fundamental: a habilidade para sorrir.
Com o sorriso, o ser humano brandia o resultado palpável da sua constante busca pela satisfação. Naquele tempo em que contava mais a maçã que saciava a fome do que a saciedade metafísica da alma, o significado de felicidade devia ser barriga cheia, caverna seca, abrigo seguro e sexo satisfeito. Com o passar do tempo, o engenho humano dominou o fogo e mudou a dieta, que então passou a incluir alimentos cozidos. Veio a casa, que trouxe o conforto e estabeleceu o domínio do território. O sorriso deixava de ser um grunhido de dentes escancarados para tomar a forma elegante de um desenho da boca. Sorrindo, ele começou a pensar em coisas que ultrapassavam as certezas oferecidas pelos hábitos repetidos geração após geração e por seus próprios instintos naturais.
Enquanto o ser humano se transformava, alterando o ambiente ao seu redor e a cultura, os elementos secundários de sua existência começavam a perder importância. Ele se preparava para buscar algo que fosse fundamental, permanente, essencial. Passou a buscar outros níveis de satisfação que o levariam a ser feliz, e transpor estágios, do sorriso tímido à risada alegre e franca.
Na construção desse repertório especulativo sobre a felicidade, culturas e povos se lançavam a empreitadas reflexivas.
Desse arsenal de sonhos e explicações, os gregos foram arquitetos geniais. A filosofia até hoje reinventa o

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