Ética
Capítulo I – Filiação Religiosa e Estratificação Social
O autor inicia este capítulo chamando atenção para a tendência (mostrando dados estatísticos) de predomínio protestante nos empreendimentos capitalistas, tanto em países da maioria protestante quanto quando em minoria. Ele identifica um racionalismo econômico como elemento fundamental para este fato, negando teorias que indicassem o predomínio protestante como gerado pelo fato de ser minoria ou pelo fato de já possuírem riquezas prévias, mas, no entanto, sem desprezar estes fatos como relevantes para a constituição do quadro apresentado; mas ele reafirma que a orientação racional tomada pelos protestantes frente às possibilidades econômicas é um fator central nesse processo. Ele questiona a influência dos ideais puritanos no desenvolvimento do capitalismo e a atitude da igreja católica acerca das questões mundanas e econômicas. Ele identifica a atitude católica à uma atitude tradicionalista, que opta por uma vida segura ao invés de uma vida confortável, já os protestantes eram de cunho materialista, que valoriza o sucesso profissional como uma vocação divina, confirmando o espírito capitalista dos protestantes.