ética
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Erich Beting
29/10/2012
Uma das grandes lições que o esporte deixa nas pessoas é a ética.
Se ensinado de forma correta, o esporte pode formar na pessoa, desde criança, conceitos fundamentais de que é preciso ser honesto e de que, nem sempre, você sairá vitorioso na vida. Esse é um atributo presente no esporte desde o princípio mas que, ultimamente, vem sendo pessimamente trabalhado pelo que deve ser o exemplo para os outros, que é o esporte de alto rendimento, profissional.
Hoje a sociedade é tomada pelo conceito de que os fins justificam os meios. É o exemplo político de que não interessa com quem eu faço a aliança, desde que eu vença as eleições.
É o tal de “temos de ganhar, nem que seja de forma honesta”, partindo do princípio de que ser desonesto já é algo corriqueiro.
O esporte tem como grande virtude ser um formador de caráter nas pessoas. O esporte de alto rendimento é o ponto mais alto disso tudo, sendo ele a síntese do que deve ser a vida das pessoas. Um jogo, em que os mais bem preparados vencem, e não os trapaceiros. A veneração à “malandragem” do jogador brasileiro é o que há de mais absurdo dentro do que queremos ensinar como conceito para as gerações futuras.
Quando um clube cogita prejudicar o outro porque sentiu-se prejudicado por conta de uma trapaça que fez e não foi bem-sucedido, temos a síntese de que ética é uma palavra que não consta no vocabulário do esporte. Ou, pelo menos, está colocada num segundo plano.
O tal do jogo limpo não pode ser a exceção do esporte, da política, da educação, de tudo. E o esporte tem um enorme potencial para trazer esse exemplo para as pessoas. E isso pode ser benéfico até para as empresas que resolverem encampar essa ideia.