Ética - O Lado Negro do Chocolate

O Lado Negro do Chocolate é um documentário lançado em 2010 sobre o trabalho infantil e tráfico de crianças para trabalhar nas plantações de cacau da Costa do Marfim. O documentário relata o crescente problema das crianças africanas forçadas ao trabalho escravo na colheita de cacau para exportação às grandes empresas da indústria de chocolates mundial. Empresas que, em 2001, assinaram o Protocolo Harkin & e Engel, que declara que o trabalho infantil e tráfico de crianças estão proibidos no setor a partir de 2008. Entretanto, a realidade é outra.
A primeira parada do documentário e a Alemanha, em uma feira de chocolates internacional. O questionamento sobre trabalho infantil dentro do país de origem da principal matéria prima da indústria é feita a várias organizações, como a Nestlé, Barry Callebaut, entre outras. Todas negam possuir qualquer conhecimento sobre o assunto. Para uma investigação mais funda, são feitas visitas a dois países Africanos: Mali, de onde a maioria das crianças são contrabandeadas, e a Costa do Marfim, o maior produtor de cacau do mundo.
Em Mali, o sistema de tráfico infantil é organizado a partir de rodoviárias nas cidades fronteiriças. Segundo fontes dentro das empresas locais de ônibus, de 10 a 15 crianças são traficadas por vez. Elas normalmente vêm de áreas rurais e assim que chegam à Costa do Marfim são vendidas aos fazendeiros. Através do depoimento que um traficantes concordou em dar, fica evidente que é impossível associar o tráfico de crianças a uma pessoa. Ele é um sistema complexo que vai desde as camadas simples da população até os fazendeiros donos das plantações passando também pelo governo do país.
Já na capital econômica da Costa do Marfim, Abidjan, onde as filiais das grandes organizações chocolateiras se encontram, o presidente da empresa exportadora SAF-CACAO afirma: “Não existem crianças nas plantações de cacau”, e ainda complementa que foram feitas investigações e confirmações oficiais disso, sendo muito