Ética e sociedade, para que filosofar?

A filosofia não pertence à vida cotidiana, por isso necessitamos de uma abstração, de uma “saída” da cotidianidade, para melhor compreendê-la, o que contribui para desmistificar algumas ideias que acriticamente repetimos na vida cotidiana. Podemos definir como características da filosofia: é um saber teórico, crítico, desmistificador e criativo, um saber diferente daquele do senso comum. A filosofia não se centra em padrões e busca a essência dos fenômenos, por se deter a indagar acerca dos significados da realidade social e das finalidades das formas de pensar, a filosofia preocupa-se com a historicidade dos fenômenos, assim, ela busca fazer uma crítica às tendências passadas, apontando para novas posturas.
A uma grande importância da filosofia para se entender a relação entre ética e moral, a filosofia não se detém a trabalhar fatos apenas em sua existência imediata, por conceber o homem como ser histórico, a essência dos fenômenos é buscada através da indagação acerca do significado das ações e relações humanas que demanda uma discussão sobre as necessidades e finalidades sociais. A filosofia não é uma abstração imediata, para chegar à essência dos fenômenos é necessário apreender a realidade social em sua objetividade. A filosofia teria também um fim prático.
A filosofia é crítica e radical. Algumas correntes filosóficas defendem que o papel da filosofia centrar-se-ia apenas na indagação acerca da essência dos fenômenos, porém, a corrente teórica adotada pela autora acrescenta outra dimensão à postura filosófica: a intervenção e transformação da realidade. A autora nos leva a refletir: De que adiantaria criticar acerca da essência das coisas e como elas se apresentam, e não agir para transformar a realidade? Ora, para que a ação seja transformadora é necessário que a crítica feita anteriormente tenha a ver com a realidade, com sua historicidade e com os valores, padrões e princípios de cada época.
Para diferenciar ética e moral: Moral (do latim mores):