Concepção Marxista sobre o Estado A luta armada derrubou os resquícios de uma sociedade feudal na Europa e conseguiu implantar a base de uma sociedade que permanece até hoje com os ideais liberais burgueses. Tais ideais baseados em princípios, como a divisão de poderes, além disso, o Estado se submeteria ao direito que garantiria ao indivíduo direitos e liberdades inalienáveis, especialmente o direito de propriedades. Essa sociedade aparenta certa igualdade de direitos e deveres entre os indivíduos que dela participam. O alemão Karl Marx, no entanto percebe que a situação social não é assim tão igual e busca, além de respostas, soluções para os problemas sociais advindos do modo de produção capitalista. Segundo Lênin: “[...] a questão do Estado é uma das mais complexas, mais difíceis, e, talvez, mais embrulhada pelos eruditos, escritores e filósofos burgueses [...] Todo aquele que quiser meditar seriamente sobre ela e assimilá - la por si, tem de abordar essa questão várias vezes e voltar a ela uma ou outra vez, considerar a questão sob diversos ângulos, a fim de conseguir uma compreensão clara e firme.”. A importância da questão do Estado não se restringe a Lênin, Marx entende uma contradição entre os interesses da sociedade civil e do aparelho estatal e essa divergência tem sua origem na propriedade privada. A teoria marxista de política implica numa rejeição categórica de uma determinada concepção segundo a qual o Estado seria “agente da sociedade como um todo” e do “interesse nacional”. Dessa maneira qualquer governo, para Marx, sob qualquer forma (seja democrático, seja ditatorial) estaria sempre voltado a cumprir os interesses gerais das classes dominantes. Isso demonstra que o Estado é um dos responsáveis pela contradição entre Estado e trabalho, ou seja, uma das formas de oposições de classes. Classes essas, que para Engels, são “produtos das relações econômicas da sua época”. A base da sociedade é a produção econômica. Sobre essas bases econômicas se ergue