ética e relativismo cultural
Para Harry Gensler, a perspectiva do Relativismo Cultural é intolerante com as minorias que, em tese, sempre estariam erradas, já que o que prevalece é a vontade da maioria. O autor argumenta no sentido de mostrar que o discurso daqueles que defendem o RC não passa de falácia quando buscam convencer de que o ”certo ou o bem” é aquilo acordado entre a maioria de uma determinada sociedade. Para o autor, o que pode ser ético em determinada sociedade, não é em outra. Partindo desta tese, ao justificar todo e qualquer costume, se abriria Mão do poder de criticar.
Na visão de Genseler, o Relativismo Cultural não pode estabelecer-se como verdade, uma vez que fomenta o conformismo social, algo que se apresenta como inadmissível ao mundo contemporâneo e seus movimentos sociais. Dentro da visão do RC, o comportamento da maioria deveria, de pronto ser aprovado pela minoria de forma passiva e absoluta, algo que seria extremamente danoso ao processo evolutivo da sociedade e a formação de seu senso crítico.
É necessário que se observe também, que RC se apresenta de forma desfavorável quando busca reduzir a sociedade analisada a uma simples dicotomia: os que aceitam um comportamento e aqueles que não aceitam. Não obstante, e necessário ressaltar que a sociedade não está dividida em apenas duas