ética e politica
A investigação em torno do que deve ser o bem e o bem supremo, parece pertencer à ciência mais importante: ‘esse ciência parece ser a política’. É esta quem determina o Estado ideal. A separação entre Ética e Política ocorre na modernidade, quando se estuda a política e o Estado pelo que são e não pelo que deveriam ser.
Muitos imaginaram repúblicas e principados que nunca foram vistos nem conhecidos como existentes. Porque é tanta a diferença entre como se vive e como se deveria viver, que quem deixa o que faz pelo que deveria fazer aprende mais a arruinar-se do que a preservar-se, pois o homem que em tudo queira professar-se bom é forçoso que se arruíne em meio a tantos que não são bons. “Donde ser necessário ao príncipe que, desejando conservar-se, aprenda a poder não ser bom e deixar de sê-lo ou não, segundo a necessidade”.
Com a burocratização da administração no Estado moderno, muitas das decisões passaram a ser tomadas por funcionários de cargos burocráticos, transformando as questões políticas em questões meramente técnicas e econômicas. De um lado os cidadãos que caem no individualismo e na apatia, levando à perda de legitimidade do sistema político. De outro, os políticos, com raras e honrosas exceções fazem da coisa pública um negócio privado para obter privilégios e horas para o seu bem individual ou de uma minoria.
Para a verdadeira cidade dos direitos humanos os detentores da alteridade, na esfera política, são, em regime democrático, designados pelo povo e governam o povo em virtude dessa designação e sob o controle regular do povo... e exercem a autoridade para o povo”. Por isso ética e política não podem andar separados. No entanto, os princípios éticos estabelecidos nem sempre são considerados como base de ação e justificação do efetivar o direito. Nesse sentido, a ética pode ser vista em certos momentos como verdadeiro desafio ao direito, não apenas apresentando-lhe as dificuldades explícitas para