Ética e os audiovisuais
De entre todos os temas em que a nossa área da Comunicação se divide, o jornalismo é aquele que apresenta um Código Deontológico mais restrito e para os quais as autoridades parecem estar mais alerta. Em relação à televisão, existem inúmeras questões que podem ser apresentadas como casos anti-éticos e que muitas vezes as pessoas se esquecem. A ERC é, em Portugal, quem regula as atividades dos orgãos de comunicação social e faz estudos no que diz respeito à televisão para analisar a qualidade dos seus conteúdos. Um problema que é muitas vezes apontado no nosso país está relacionado com o serviço público de televisão. A RTP tem grandes falhas ao nível dos seus conteúdos e fica bastante aquém do esperado pelos seus espetadores. Um dos componentes éticos de um serviço público de televisão visa assegurar que os programas tenham uma natureza educativa e decente, combatendo o racismo, sencionalismo e tendências políticas. Como sabemos isto não acontece porque para concorrer com os canais privados/comerciais, a RTP acaba por incluir na sua grelha as novelas, toda uma colecção infindável de publicidade, programas da manhã, entre outros. O que se impõe é uma tendência em que o caráter promocional suprime o informativo. Para combater isto o que as televisões têm de ter em mente é o seu público variado, o seu propósito enquanto serviço público e o seu objetivo principal enquanto difusor de conhecimento.
No cinema, com a exceção de um código ético para guionistas, as normas que se aplicam não são específicas para cada profissão, não existe por assim dizer um código ético cinematográfico. Existiu em tempos na América uma primeira forma de controlar a prática cinematográfica que apesar de levada ao extremo foi a pioneira em todo o Mundo, também conhecida como Código de Hays que foi mais tarde ridicularizada e extinta dos cinemas Americanos. Com base em alguns textos, aquilo que concluí em relação à ética no cinema é que está intrinsecamente