Ética e moral
1.
Desde muitos séculos, sabe-se da existência de certa “confusão” que acontece entre o entendimento dos conceitos das palavras “Moral” e “Ética”. A palavra Ética nasceu na Grécia antiga, derivando de Ethos, que significa morada ou residência (FIGUEIREDO, 2008). Em seguida surgiu o termo Ethica, significando personalidade, assumindo a utilização usual para expressar costumes e hábitos.
Desde a antiguidade, vários filósofos (Aristóteles, Platão, Rousseau, Kant) abordaram a sua conceituação, cunhando uma significação de senso comum, de normatização de comportamentos.
Entretanto, esta aparente confusão não distingue ética e moral, pois um conceito não existe sem o outro, estando entrelaçados, apesar da ética ter sofrido modificações conceituais ao longo da história, com vários desdobramentos. É fato que ética e moral são distintos, sendo que o foco da confusão que se faz está na origem dos termos e em sua concepção primitiva, repleta de paralelos e aproximações. De acordo com Bório (2000, p. 62-63) “Ética ou Filosofia moral é uma reflexão sistemática sobre o comportamento moral. Ela investiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade”
MORAL
2.
A palavra Moral nasceu do termo romano Mos/Moris, que expressa em latim o mesmo sentido que os similares gregos. É, portanto, uma tradução que também significa moradia ou personalidade. Acontece que ética e moral foram se tornando distintas a partir da Idade Antiga, a ponto de ainda no século XIX, Hegel ter afirmado que eram sinônimos. Conforme Motta (1984), Durkheim, considerado um dos pais da sociologia moderna, afirmava que “Moral é a ciência dos costumes, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório”.
Na opinião de Vasquez (1998), Moral é vista como um “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas,
dotadas