Ética e moral na sociedade capitalista

A ÉTICA E A MORAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA Uma das mais clássicas e tradicionais afirmações da história da Filosofia é a de que “o homem é animal racional”. Concebida na Grécia de Sócrates, esta máxima ecoou – como ainda ecoa – na história dos “amigos do conhecimento”, sendo objeto de análise e estudo de pensadores de diversas épocas. Mas o que ela quer dizer? Entender o ser humano como um animal que pensa é entender o ser humano como um bicho qualquer, dotado, porém, de um grande diferencial, que é o que o torna distinto dos outros animais: a racionalidade. Este atributo permite ao homem pensar, refletir, e colocar grandes e pequenas situações à prova de sua própria consciência, ou seja, o que faz o homem diferente de um cachorro ou um peixe, por exemplo, é que esta peculiar espécie chamada homo sapiens pode optar, escolher (uma coisa que muitos denominam “livre arbítrio”). O homem não é isento de seus instintos, de forma algum. A razão tem o papel de manter estes instintos sob controle (despertando - os quando necessário, evidentemente) e fazer prevalecer a consciência sobre eles. Se não fosse este mecanismo, a convivência harmônica e pacífica na sociedade nunca poderia ser alcançada, de forma que cada homem viveria segundo suas próprias leis e seus próprios critérios (sua subjetividade), sendo guiado por suas vontades e necessidade de sobrevivência, mesmo que isso implicasse no ferimento e interferimento do bem – estar do próximo. O estabelecimento de um Estado e a personificação da ética e da moral na Constituição são consequências do pensar do homem. Podemos então concluir que a ética e a moral, exprimindo o significado de conjunto de costumes tradicionais, valores humanitários e princípios cidadãos, é fruto da sapiência do ser humano. É importante ressaltar que a ética e a moral não são absolutas, isto é, variam de acordo com a sociedade e o ambiente em estudo. Podemos afirmar também que cada ética e cada moral é correta dentro do seu respectivo contexto.