Ética e Auditoria
Antônio Lopes de Sá
A importância social e econômica do auditor contábil exige rigorosa postura ética.
Acima das imposições, pressões, interesses particulares e normas devem situar-se os deveres para com a virtude.
A opinião requer compromisso com a realidade objetiva.
A apreciação do auditor é pessoal, não devendo estar atada exclusivamente ao instrumentalismo tecnológico, ou seja, é um ponto de vista de natureza particular que deve estar aferrado à Ética.
Naturezas de opiniões
Em tese, a “opinião” resulta de juízos formados na mente de quem os emite através de conhecimento, percepções e reflexões.
Ou seja, conhecimentos acumulados em nosso cérebro, permitem-nos especiais observações e conclusões, sob a ótica do que armazenamos em informações.
Quando a opinião é, todavia, profissional, demanda um enfoque específico.
Para um leigo, homem comum, o juízo sobre um fenômeno é formado apenas de elementos sensíveis ou emocionais, ou seja, é empírico; para quem possui estudos, conhecendo as relações que conduzem sempre a um determinado acontecimento, o juízo tem conotação científica ou tecnológica, ou seja, fundamenta-se na verdade.
O conhecimento empírico produz, portanto, opiniões sensíveis, ou seja, vale só para uma pessoa ou um grupo de pessoas.
O conhecimento científico, entretanto, gera opiniões objetivas, válidas universalmente (em todas as partes e em todos os tempos).
Responsabilidade e opinião
Quanto maior é a responsabilidade e tanto maior qualidade deve ter a opinião.
Há, pois, uma razão direta entre responsabilidade e opinião.
Cada ramo do conhecimento humano dedica-se, obviamente, a um objeto específico, mas, todos estão comprometidos com a realidade.
A Contabilidade, estudando a riqueza das células sociais, sobre esta enunciando verdades de valor universal, responsabiliza os profissionais que a utilizam perante um número expressivo de pessoas.
Todos os indivíduos, todas as empresas, possuem, sob certos