O sucesso ou o fracasso na vida não depende dos favores da fortuna, mas, como dissemos, a vida humana também deve contar com eles; porém o que constitui a felicidade ao as atividades virtuosas, e as atividades viciosas nos conduzem à situação oposta. A questão que acabamos de discutir corrobora nossa definição, pois nenhuma função humana é dotada de tanta permanência como as atividades virtuosas, que são consideradas até mais duradouras que o próprio conhecimento das ciências. E as mais elevadas entre essas atividades são as mais duradouras, porque os homens felizes de bom grado e com muita constância lhes dedicam os dias de sua vida; e esta parece ser a razão de não as esquecermos. O atributo em apreço, portanto, pertencerá ao homem feliz, que será por toda a vida, pois estará sempre, ou quase sempre, empenhado na ação ou na contemplação do que é conforme à virtude, e suportará as vicissitudes da vida com a maior nobreza e decoro, se é "verdadeiramente bom" e "irrepreensivelmente tetragonal. Muitas coisas acontecem por acaso, e diferem quanto à importância; embora os pequenos incidentes felizes ou infelizes não pesem muito na balança, uma grande e freqüente quantidade de sucessos tornará nossa vida mais feliz, não apenas porque isso, por sua própria natureza, faz aumentar a beleza da vida, mas também porque pede ser usado de maneira nobre e boa; ao contrário, muitos e constantes revezes poderão aniquilar e mutilar a felicidade, pois além de serem acompanhado de dor, impedem muitas atividades. No entanto, mesmo na adversidade a nobreza de u homem se deixa mostrar, quando aceita com resignação muitos grandes infortúnios, não por ser insensível à dor, mas por nobreza grandeza de alma. Se as atividades são, como dissemos, o que dá caráter à vida,. nenhum homem feliz pode tornar-se desgraçado, pois ele jamais praticará atos odiosos ou ignóbeis. Pensamos que o homem verdadeiramente bom e sábio suporta com dignidade todas as contingências da vida e sempre tira o maior