Ética social

Respeitar os mais velhos, não jogar papel no chão, não furar filas. São atitudes cotidianas simples como estas que constroem, na educação da criança, as bases para um ser humano ético, que consegue alcançar a felicidade através da boa convivência na sociedade. Para o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita, de 34 anos, somente querendo o bem do outro é possível ser feliz e construir uma sociedade justa. Doutor em Direito e Comunicação, ele é o autor do livro Os Dez Mandamentos da Ética, da editora Nova Fronteira, que será lançado hoje, às 17h30, na Academia Pernambucana de Letras, nas Graças.

Gabriel Chalita buscou inspiração nos filósofos da Grécia Antiga, principalmente na Ética a Nicômano, tratado que Aristóteles escreveu para o próprio filho, Nicômano. E atualizou o tema, citando exemplos do cotidiano. De maneira didática - pois Gabriel prefere dizer que seu papel é de um educador - ele sugere os mandamentos de acordo com os seguintes valores: o bem, o autocontrole, o discernimento, a ação elevada, a justiça, a razão, o sentimento, a amizade, o amor e a felicidade.

"Os valores ensinados pelos pais e professores às crianças é que levam à formação de adultos mais humanos. Eles precisam dar exemplos de lideranças positivas para que a ética se torne um hábito", reforça Gabriel Chalita, que também é mestre em Ciências Sociais, bacharel em Filosofia e já lançou 34 livros. Sob o comando deste paulistano que se elegeu pela primeira vez, aos 19 anos, para o cargo de vereador em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, estão os cerca de seis milhões de alunos da rede pública daquele Estado, considerada a maior do mundo.

"As pessoas precisam refletir sobre suas ações para melhorar o mundo em que vivemos. E acredito que isso é possível mesmo no Brasil, onde é comum mentir até mesmo em campanhas políticas. Por outro lado, existem profissionais sérios em todas as áreas, na Medicina, na Educação", destaca Chalita, que está