ética segunda a obra de Bittar
O primeiro ponto a que se começa a debater na obra de Bittar é “O direito a ter opção ética: o comprometimento do exercício da liberdade ética”. Estamos diante de um tópico que vem demonstrar que a formação do saber ético, a busca pala realização correta e coerente das decisões humanas, só se concretizam quando o indivíduo “ pensa e re-pensa” suas atitudes errando e acertando a todo momento, como possibilidades de se encontrar a verdade e o que é certo pelo erro, pois não há um imperativo nas decisões humanas. Por ser um indivíduo inserido em relações diversas, interagem mutuamente , seja de forma íntima, seja como os outros, e suas decisões são tomadas de acordo com esses estímulos internos e externos que cada um sofre. Como diz Bittar a tratar sobre o tema: “Mas para que haja a reflexão ética é necessário que se garanta que os indivíduos estarão interagindo numa relação de paridade entre a interação interna ( subjetivismo) e as condições externas da existência ( determinismo)”(pág. 94). Como se pode observar são as relações humanas que se tem como reflexo para a ética, e hodiernamente as desigualdades estão transformando as decisões humanas, muitas vezes não condizentes com o que entendemos como ética, pois nos deparamos com pensamentos equivocados em querer separar o saber ético dessas vivências, “as aflições do humano são a estampa característica da dimensão ético-reflexiva” (pág. 94). Mas como querer que um indivíduo tenha plenitude em suas decisões se estamos diante de uma realidade que não permite que as pessoas possam está em pé de igualdade? Logo, estaríamos tolhendo um direito do cidadão, “encurralando-as no vácuo da miséria” (pág. 95). Depois de se discorrer sobre como as relações humanas influenciam nesta formação da opção ética entramos em um segundo ponto, que é “A ética e o acervo da humanidade”. É sabido que ao analisarmos a