ética: realização pessoal
Quem pode conhecer os múltiplos caminhos do ser humano?
Há mil possibilidades de realização e de fracasso. A vida nos ensina a não aplicar a todos situações individuais, localizadas. Queremos que todos caibam nos nossos moldes mentais. Avaliamos os outros a partir das nossas idéias. Há algo de universal em cada pessoa. Mas há também algo de especificamente pessoal, de diferente, em todo processo de generalização.
Alguns têm tudo para ser felizes – riqueza, beleza, cultura – e , por vezes, os vemos profundamente insatisfeitos, irrealizados.
Outros têm tudo para ser infelizes – pobres, sem grandes atrativos, sem estudos – e vivem com garra, força, de forma otimista.
Vemos irmãos, com a mesma educação, que pensam e vivem de forma totalmente diferente. Relacionamentos que parecem ideais, em que todos apostam, às vezes viram um fiasco e outros, de pessoas que nada têm em comum, inexplicavelmente dão certo.
Cada um de nós tem uma grande margem de mistério para os outros e para nós mesmos. Não somos capazes de conhecer todas as nossas possibilidades e reações; como podemos acreditar que conhecemos as dos outros?
Que caminhos seguir?
Todos os caminhos são importantes se nos ajudam a crescer como pessoas, a compreender melhor, a realizar-nos mais, a vivenciar formas mais ricas de comunicação e amor.
O melhor que podemos fazer pela sociedade, pelo mundo, pela família e por nós mesmos é sermos pessoas mais evoluídas, mais maduras, mais humanas.
Podemos conhecer mais e experimentar novas formas de viver, pela ação e pela reflexão, pela intensa comunicação com pessoas e pelo isolamento, pela adesão a uma religião ou a uma filosofia humanista.
Ninguém tem o monopólio de como chegar ao conhecimento ou às chaves da realização pessoal.
Uns podem chegar à realização pelo sofrimento – quando sabem enfrentá-lo
Outros, pelo contato com pessoas interessantes, por leituras estimulantes ou pelo estudo.
Uns, por formas diferentes de vivências